segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008



*Image: Unknown


Parte da arte

Eu não sei fazer brotar dos meus dedos
flores de papel
tampouco lamparinas,
borboletas
ou outros de nós, animais.
mas eu sei apreciar flores de papel
amá-las por sua fragilidade
sem desprezá-las pela artificialidade
(em tudo há beleza a ser extraída).
Sei ainda,
que se eu dobrar estes dias alheios
em pequenos pedaços
vermelhos
posso criar pouco a pouco
um céu carmim que melhor me reflita
e que me permita voar livremente
um milhão de horizontes.
é passional o meu desejado céu infinito
esse que esbarra na minha garganta
e que não poderia ser de outro tom
se desejasse mesclar-se ao que sou:
origami forte frágil, figura inábil
movendo-se no balanço do móbile-mundo.

7 comentários:

Anônimo disse...

Você se permite voar, sempre permitiu, é dona das suas asas, dos devaneios, inseguranças e do inexplicável; aceite, infelizmente você também é gente e assim sendo, também sente os maus e bons da vida...

Bj e bye

Anônimo disse...

Nossa...

Q lindo, que exorbitantemente poético...

As letras coloridas me lembraram o Érico Veríssimo...

Letras de cores pra sacudir as dores....

Adorei o novo template também...

Maravilhoso..

Anônimo disse...

Acho que não sei comentar o que leio...penso no que quis dizer e não na verdade do que disse.

melhor eu parar...

Fui (mesmo..rs)

Sandra Regina disse...

Apreciar o mundo em suas formas e em seus cantos disformes... é um talento! Vc tem. beijos com saudade, moça!

J.F. de Souza disse...

Sei apreciar
a beleza que há
nas construções dos outros
e nas tristezas minhas

De fato,
em tudo há beleza a ser extraída.



Tuas palavras são dessas construções dos outros que eu tanto gosto de apreciar, moça Luzzsh!

Saudades...

=*

Remo Saraiva disse...

Espetáculo! Sem mais palavras.

Bjs,
REMO.

Anônimo disse...

E as formigas? Algum visitante sem experiência em lareiras terá queimado o esconderijo? Não permita..."é só pingar um pouquinho de água no coração delas"