segunda-feira, 8 de setembro de 2008


*Photo: Darren Greenwood




Colours of Future

É lento o beijo que eu quero te dar. Lento a ponto de demorar uma vida sabe, amor. Sim, você poderá trabalhar, dar aulas, ensinar poesia. Poderá até fazer discursos, participar de debates, tudo pelo partido. Mas não parta. Não para longe. Que é à noite, no silêncio de casa, entre a sombra e a luz sobre os móveis e nossas fotos, que o beijo recomeça. As crianças dormem no quarto ao lado. Você inventou de deixar esse cavanhaque e agora ele faz cócegas na minha sensatez cada vez que penso que tenho de acordar cedo, que já é tarde, que as crianças estão ao lado. Mas é a tua boca, essa culpada. Cada vez que recomeçamos nosso beijo, a vida fica tão curta. (...) O vinho é branco, o lençol é tinto; cortinas de outra cor esvoaçante. Você diz que eu tenho mania de atribuir cores a toda coisa. Sim, eu sei a cor de tudo, até da eternidade, mesmo estando de olhos fechados, quando a vejo. No teu beijo.

Essa cor, amor, eu sei de cor.


7 comentários:

Anônimo disse...

texto de uma boniteza que só vendo... beijo procê.

J.F. de Souza disse...

CARÁLEO!!! DAHORA!!!

ADOREI ESSE, LUZINHA QRIDA!!! =D


=*

Anônimo disse...

Estou aqui, sem palavras, mas inteiramente encantada com a sua delicadeza.

Ideia Retro disse...

Puseste lágrimas em meus olhos...
Lindo!

mg6es disse...

é...

tanto e tudo
dito assim
de tua boca
car-mim.


bjo, linda.

Anônimo disse...

Saudades...

Kely Cristina S. Felício disse...

Que declaração de amor mais linda, parece um quadro, uma flor, uma coisa da cor de não dizer...