domingo, 23 de março de 2008



De fora

Após assistir à peça "Bartleby".


E se eu não sei como me inserir.
As cadeiras, o abajur e a mesa
estão muito mais imersos que eu.
(Quisera eu; já os invejei por isto)
Mas em mim hoje, plaina Nina Simone,
e com o vinho, uma alegriazinha sutil
uma não-tristeza por não pertencer.
Sei, é de dentro a nascente perene
a interação entre o ser e o outro
e entre este mesmo ser e o mundo.
E eu por isso, por hoje,
sigo à parte.
Por escolha, por não sentir parte,
por não saber como.
Mas estranhamente feliz.
(como estranho seria se fosse.)

6 comentários:

Anônimo disse...

Coincidência?

Anônimo disse...

assim como o personagem que dá nome à peça, também acho que vezenquando "não-fazer" é o melhor que temos a fazer (rs....) 1 bj

Anônimo disse...

De mim, tirou um suspiro e um sorriso ao lembrar da voz da Nina em um fim de noite acompanhado por um livro ...

Beijo pra tu dona moça de tão lindas palavras.

:**

Anônimo disse...

Eis a liberdade: corpo e espírito no mesmo lugar.

Anônimo disse...

E eu termino de ler e aplaudo.

Bravo!!!!

bjs, Gisele
www.inventandoagentesai.blogspot.com

Anônimo disse...

Caracas! Se qdo temos identidade comum rola um suspiro exaltado... digo de qdo citou Nina Simone em negro timbre descontraído e ácido...
Belo! Luzzsh... belo!

Bjs e ecoadas invenções!