segunda-feira, 31 de março de 2008

* Image: Linda Fennimore

[A]part


Para M. Araújo, par comigo na deliciosa
conversa que gerou esse rascunho-poema.


É o mundo à parte que nos pertence

Não esse, cheio de formas escusas

sabor, aromas , padrões duvidáveis.

Do céu tingido largo de azul-riacho

pouco temos, nos sobra, nos é dado.

Mas é com unhas e dentes e coração em punho

que nos agarramos à idéia utópica,

à quimera quiçá homérica de um dia,

tilintar nossas taças comemorando a chegada

o sossego, o encontro da casa aconchego:

amplas janelas, cortinas brancas, jazz sobre os móveis.

E então, talvez merecidos, (talvez não),

possamos amar em paz, sem sobressaltos,

sem que o mundo nos pertença, mas,

de alguma maneira suave, quase certeira,

nos pertencendo nós, a nós mesmos.

5 comentários:

Anônimo disse...

A vida, cheia de mistérios...

acho mesmo que merecemos paz.

bj, Gisele

www.inventandoagentesai.blogspot.com

Anônimo disse...

Onde:
"...nos pertencendo nós*, a nós** mesmos."
Leio: *atados; **um ao outro

Unknown disse...

de um sinal de vida linda.

bjs andre.

mcastello disse...

Olá. Fico contente em saber que a estrela sorridente ainda continua contagiante.

E embora distante, o brilho chega até aqui. Coisas dessa globalização.

Beijão Lu
Saudades (pq?)

castello

Anônimo disse...

Alguém aí quer caos?! Turbulência?! Descontrole?!
Já eu queria um pedaço do mundo,,, fiz de algumas vezes sonhar uma mordida do planeta Terra. Coisa de criança que acabou lembrança,,, buff!

Bjs e questionadas invenções!