[A]part
Para M. Araújo, par comigo na deliciosa
conversa que gerou esse rascunho-poema.
É o mundo à parte que nos pertence
Não esse, cheio de formas escusas
sabor, aromas , padrões duvidáveis.
Do céu tingido largo de azul-riacho
pouco temos, nos sobra, nos é dado.
Mas é com unhas e dentes e coração em punho
que nos agarramos à idéia utópica,
à quimera quiçá homérica de um dia,
tilintar nossas taças comemorando a chegada
o sossego, o encontro da casa aconchego:
amplas janelas, cortinas brancas, jazz sobre os móveis.
E então, talvez merecidos, (talvez não),
possamos amar em paz, sem sobressaltos,
sem que o mundo nos pertença, mas,
de alguma maneira suave, quase certeira,
nos pertencendo nós, a nós mesmos.
sabor, aromas , padrões duvidáveis.
Do céu tingido largo de azul-riacho
pouco temos, nos sobra, nos é dado.
Mas é com unhas e dentes e coração em punho
que nos agarramos à idéia utópica,
à quimera quiçá homérica de um dia,
tilintar nossas taças comemorando a chegada
o sossego, o encontro da casa aconchego:
amplas janelas, cortinas brancas, jazz sobre os móveis.
E então, talvez merecidos, (talvez não),
possamos amar em paz, sem sobressaltos,
sem que o mundo nos pertença, mas,
de alguma maneira suave, quase certeira,
nos pertencendo nós, a nós mesmos.