quinta-feira, 22 de novembro de 2007



*Photo: Darren Greenwood




Ahimsa


Após assistir ao filme Lions for Lambs.


Como ninar a completa falta de sonhos

em noites de lucidez desperta?


Fechar os olhos. Desadormecer.

Fingir descanso. Prozaquear.

É injusto que durmamos o sono dos justos.

Porque compactuamos,

ajustados, imersos, inseridos,

compactuamos.

Arrebanhados, compactuamos.


Vejo pequenos estopins de boa vontade

entre ferozes labaredas de inércia

(não falo só de mim; não falo só dos outros)


Eu, que achava que ia mudar o mundo

hoje faço poemas como quem grita.

Baixo.


(Silêncio: a Consciência Humana, agora, dorme.)




7 comentários:

Anônimo disse...

Existe algum sistema ou teoria de sistema que realmente funcione?
Que consiga levar em conta o egoísmo, o "jeitinho", e que valorize muito os atos de ajuda humanitária, e que os "poderosos" não tenham capacidade de se aproveitar do sistema?
Acho que não, e não acredito que haverá nas proximas gerações.
Enquanto isso, tentamos ser apenas aquilo que a sociedade espera de nós. Não incomodar outras pessoas.
"Pay it foward" tão fácil e ao mesmo tempo tão difícil.

Anônimo disse...

porrada!
que imagem bonita: "... como quem grita. / baixo."

J.F. de Souza disse...

Nossa, Luzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzsh...

A-DO-REI o escrito!!! É muito "a minha cara", esse tipo de escrito...
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Ainda acho que, se juntássemos todas essas bombas de pequenos estopins...
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E eis que mais um grito é solto no ar
Discretamente
o suficiente para acalmar o coraçao
e a mente
sem que ninguém nos ouça
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Poetas querem gritar
mas nunca o irao admitir

Afinal, ninguém nunca ouviu
um poeta gritando

Você já?
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Bjao! =*

J.F. de Souza disse...

Ah! Andrew Albuquerque é um grande amigo meu, dos tempos de colégio e faculdade, que escreve algumas coisas legais. Um dos meus influenciadores, na verdade. =)

Nirton Venancio disse...

voc� sempre com seu olhar iluminado... beijo.

Anônimo disse...

Ainda sonho; sonhos azzsuis; e sempre digo; para esta ou qualquer outra vida, me basta o sonho.

Bj,

Azul

Keila Sgobi de Barros disse...

mas sou educadora
e sabe o que isso quer dizer
que qualquer fresta que se abre
recarrega todas as minhas energias

sempre que parece que nada mais é
que tudo está pelo outro
um lampejo grita
e nos coloca em nosso
lugar



nem eu entendi tudo o que quis dizer...que doidera...

bjs