Razbliuto
Mas é nas paredes
Mas é nas paredes
sim, nas paredes
da minha casa-coração
que eu não vejo mais
os quadros que você pintou.
E eu não sei se espero
que você entenda o quanto
o branco das paredes me entontece
mas eu rodopio de braços abertos
espreito a manhã subindo
enquanto espero o sol
caber na moldura da minha janela.
Sinto uma falta. Qualquer.
branco-vazio
branco do olho
Eu feito roleta.
A coisa: preta.
Roleta:
Russa.
* Photo: Jayne Hinds Bidaut
11 comentários:
Nossa, Luzzsh...
que imagens rodopiando em minha mente...
lindo, lindo!
Que bonito, ainda que tristinho... Bom que sabes fazer do branco da parede papel de poesia!
beiJardins
Ela espreita a manhã subindo. E isso basta. Riodaqui, aí. Beijo. Paulo Vigu
eu vi a cena, sabia?
tinha tempo que não sentia isso ao ler um poema... gostoso demais...
vai ver que é porque andei afastada daqui... e da poesia em si.
bjos meus
cheiiiio de olhares pro horizonte e pensamento distante.
Nas paredes e nos olhares perdidos...
Onde se reflete o vazio das horas que se esticam...
Tu e sua bela escrita dona moça poeta (=
Beijos e sorria.
:****
venha girar comigo,
dance, sorria, cante,
venha fazer abrigo
na minha roda gigante!
lindo, Linda!
223 beijos! ;)
Belo poema...é bom te ler novamente!
um ritmo envolvente, principalmente no final; e uma sensação de tontura, falta de referência que o branco traz. gostei muito!!
Fiquei tonta com seu rodopio ritmado..alucinado! Bele, belo! beijo
, "o sol/caber na moldura da minha janela." linda esta imagem...
, beijos meus.
Desde um bom tempo que você dança com a perfeição nas palavras... ;) Beijos
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